09 septiembre 2025

Sobre el nacimiento del Grande Oriente Lusitano: Hipólito José da Costa

Este trabajo ofrecido fraternalmente por el Prof. Manuel Pinto dos Santos. Hipólito José da Costa. Uma Vida dedicada à Maçonaria, Grémio Lusitano, 2014, 68 p. quiere ser, además de portador del conocimiento contenido en éste, un reconocimiento al gran masón y amigo, el QH Luis Cardoso, gran investigador y de una generosidad infinita para con sus colegas y Hermanos de estudio masonológico que prematuramente pasó al Oriente eterno dejándonos en un estado de profunda consternación y duelo. Pero con el paso del tiempo, Luis permanece entre nosotros cada vez que nos adentramos en la historia de la francmasonería portuguesa donde él con su ejemplo ocupa un lugar de honor y privilegio. Gracias Q.·. H.·. Luis.

El Trabajo, tras mis diversas consultas al M.·. Il.·. H.·. Cardoso, Manuel Pinto dos Santos me lo hace llegar a través de él en un derroche también de fraterna colaboración académica. Y este es el trabajo que publico en su versión original y en la lengua en la que fue escrito. Una joya masonológica  para los amantes del estudio de la historia en nuestra Orden.

MQI Luis Cardoso

Envio-te o texto que escrevi sobre o Hipólito, na parte que diz respeito ao tratado, sem prejuízo de te enviar o exemplar prometido e que só está à venda no Museu Maçónico Português, no GOL.

Como podes ver, o documento original estava no processo nº 16809 de Joaquim José Vieira Couto, - que também tenho transcrito na sua íntegra, com notas e comentários - a fls. 27, mas que desapareceu do ANTTombo, Só resta a cópia notarial que transcrevo aqui e que se encontra a fls. 206. do processo 17981 do Santo Ofício da Inquisição de Lisboa contra Hipólito José da Costa

Boa leitura, e se quiseres divulgar estás à vontade, desde que cites a origem: Manuel Pinto dos Santos. Hipólito José da Costa. Uma Vida dedicada à Maçonaria, Grémio Lusitano, 2014, 68 p.

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“Ligado à instituição maçónica portuguesa, o nome de Hipólito – que tinha o nome simbólico de Aristides - aparece no quadro do Capítulo dos Cavaleiros da Espada ou do Oriente de Lisboa1, fundado aparentemente em 1802, sendo seu secretário o próprio Hipólito. Todavia, ignora-se a que loja simbólica pertencia.

Terá sido nesta loja capitular que se engendraram os passos seguintes destinados à unificação das lojas maçónicas sob uma mesma

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1 A.H. de Oliveira Marques, História da Maçonaria em Portugal, volume I, Das Origens ao Triunfo, Editoria Presença, Lisboa, 1990, p. 166-67.


obediência, quer porque a Loja Cavaleiros da Espada2, denominada pela inquisição de Supremo Conselho, tinha passado uma procuração a favor de Hipólito3 quer porque Hipólito escreveu duas cartas datadas de 27.04.1802 e de 04.05.1802 para esta loja capitular4, antes de ser concretizado o tratado com a Grand Lodge of England.

Estrategicamente, uma aliança com a maçonaria de Inglaterra - velha aliada e protectora da Coroa portuguesa, além de ser um parceiro económico – parecia mais interessar aos maçons portugueses do que uma aliança com a maçonaria francesa, à qual se atribuía tendências revolucionárias, jacobinas, destruidoras da monarquia e do altar. O Duque de Sussex, enquanto irmão de George, regente desde 1810 e futuro rei George IV de Inglaterra a partir de 1820, protector da maçonaria da Grand Lodge of England desde 1791, surgia como uma excelente carta no jogo da regularização e do apoio dos maçons portugueses.

Consequentemente, o Duque de Sussex veio na realidade, a intermediar o contacto entre maçons portugueses e a Grand Lodge of England, no sentido de receberem representantes da maçonaria portuguesa.

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2Este Capítulo dos Cavaleiros do Oriente, também designado por Supremo Conselho dos Cavaleiros da Espada Lusitano, era constituído por membros detentores do 11º grau (Cavaleiro do Oriente) do rito adoniramita, proveniente de França. O rito francês ou moderno, tinha igualmente o grau 6º, ou 3ª ordem (Cavaleiro do Oriente) mas a documentação aponta para uma loja capitular composta por maçons do rito adoniramita, mais divulgado em Portugal na época do que o rito francês ou moderno.

3Processo da Inquisição de Hipólito José da Costa, a fls. 203vº-204. O original constava do mesmo processo a fls. 64.

4 Processo da Inquisição de Hipólito José da Costa, sessão de interrogatório de 12.09.1803, p. 186.


O facto de, em Abril de 1802, Hipólito ir desempenhar certas tarefas em Londres5, por incumbência do ministro Sousa Coutinho – aquisição de livros para a Real Biblioteca, bem como material e máquinas para a Imprensa Régia, aliado ao facto de Hipólito se encarregar nessa altura de contactos com a Grand Lodge of England, permitiu a Pina Manique que pudesse actuar não só contra Hipólito, mas principalmente contra Sousa Coutinho, a fim de o desacreditar como maçon junto da Coroa através da difusão do boato que o primeiro teria ido a Londres a mandado do Ministro, boato que desagradou a este.

Para a intendência da polícia, Sousa Coutinho já teria sido identificado como maçon de tendência jacobina, segundo a marquesa de Alorna6, o que era falso.

Em Londres, Hipólito além de frequentar lojas maçónicas durante a sua estadia – o que negou perante a Inquisição -, fomentou o estabelecimento de relações maçónicas com a Grand Lodge of England, procurando obter o reconhecimento das lojas portuguesas que viviam na clandestinidade junto desta.


5 No interrogatório da Inquisição prestado em 04.02.1803, Hipólito responde “que pelo tempo do entrudo, ou princípios da Quaresma do ano pretérito de1802 fiz uma viagem a Londres por interesses próprios, e daquela Corte passara à de Paris pelos Países Baixos Franceses e se recolheu pela Normandia a Londres e desta a Portugal, onde chegou no mês de Julho passado, puco mais ou menos”, fls. 147vº e 148. Não houve esclarecimentos sobre quais eram os “interesses próprios”.

6A Marquesa de Alorna, num rascunho de uma carta não datada que pretendia dirigir ao Príncipe Regente apontava que “os dois fogos em que V. A. R. se vê, entre França e Inglaterra, assaz lhe manifestam se ganhou mais em seguir a política frouxa desse triunvirato que envileceu e arruinou Portugal...”carta esta que foi apreendida pela polícia do Intendente Pina Manique. A Marquesa referia-se a D. Rodrigo de Sousa Coutinho, Luís Pinto de Sousa Coutinho e D. João Manuel de Melo e Castro, os quais identifica como “Franc-mações” da tendência jacobina francesa, que ela pretendia combater, mais propriamente na pessoa de Napoleão Bonaparte. In Marquesa de Alorna, Inéditos, Cartas e Outros Escritos, selecção, prefácio e notas do Prof. Hernâni Cidade, Livraria Sá da Costa, Editora, Lisboa, 1941, p. 179.


Efectivamente, na sua missão a Londres no primeiro semestre de 1802, Hipólito apresentou-se como o representante de quatro lojas em Portugal, em busca de uma carta patente inglesa para poder formar uma obediência em Portugal. Que lojas eram estas ? Em 1802 de acordo com os registos da Inquisição7 havia seis lojas em Lisboa: União8, Virtude9, Fortaleza10, Concórdia11, Amizade12 e Razão13. As lojas que pediram a adesão à Grande Loja de Inglaterra foram a União, a Concórdia, a Razão e a Virtude, constituídas aproximadamente entre 1798 e 1801, sendo certo que estas lojas que Hipólito representaria, integrariam o modelo britânico e jamais o jacobino ou afrancesado.

Cronologicamente, e segundo as conclusões do processo da inquisição, Hipólito terá chegado a Londres a 27.03.1802 e “logo nos dias


7 Processo da Inquisição de Hipólito José da Costa, sessão de interrogatório de 12.09.1803, fls. 189 e 204.

8 A loja União nº 1 de Lisboa, terá sido formada por volta de 1798, sendo conhecidos três membros.

9 Trata-se da Loja Virtude (II) em Lisboa presumivelmente fundada em 1798 e que suspendeu os trabalhos em 1808, retomando-os um ano depois. Do quadro desta loja foi admitida em 1814 a Condessa de Juromenha, amante do General Beresford, a primeira mulher a ser admitida na maçonaria portuguesa.

10 Presume-se que a data de fundação da loja Fortaleza foi cerca de 1800 e terá trabalhado até 1808. Ao quadro pertenceram o poeta Bocage, José Liberato Freire de Carvalho, com o nome simbólico de Spartacus, e José Fragoso Wanzeller que seria Grão-mestre do GOL em 1810, tendo ambos ajudado Hipólito na sua fuga da prisão. A proximidade destes poderá sugerir, como mera hipótese, que Hipólito terá ingressado nesta loja, quando regressou da América.

11 Fundada em 1801 a loja Concórdia trabalhou até 1808, retomando os trabalhos até 1817. Conhecem-se poucos membros.

12 Fundada presumivelmente em 1801, trabalhou até 1808, retomando por várias vezes os trabalhos até 1817, quando se extinguiu. Tinha várias dezenas de membros.

13 Presume-se a sua fundação em 1801, mas a loja Razão trabalhou até 1803.


30 e 31 do mesmo e dias 3, 5 e seg.tes de Abril começara... a tratar eficaz.te a Comissão em Maçónica em Inglez e Cifra14.

As negociações com a Grand Lodge of London terminariam em 18.05.1802, data em que foi firmado o acordo a seguir transcrito:

[1802 - Acordo entre a Grand Lodge of England (Moderns) e quatro lojas de Portugal] 15

A Todos e cada hum dos nossos Venerabilíssimos e amados I.·..


Nós Francisco Rawdon Hastings16, Conde de Moira, etc., etc. Lugar Tenente do G.·.=M.·.= debaixo da Autoridade de S.·.A.·.R.·., Jorge Príncipe de Gales, etc., etc., etc. = G.·.M.·. da muito Antiga e Honrada Sociedade dos Livres, e Aceitos M.·.= Saúde = Tendo-se Representado a Suprema G.·.= L.·. dos Livres e Aceitos M.·. de Inglaterra, pelo muito respeitável I.·. Hipólito José da Costa que quatro lojas regulares dos Livres e Aceitos M.·. em Portugal, a saber a L.·. da União.·., a L.·. da Concórdia, a L.·. da Razão e a L.·. da Virtude tinham eleito Representantes para estabelecer em Portugal uma G.·. L.·. Nacional e para abrir comunicação com as outras G.·. L.·., e que achando-se os ditos Representantes, que formão um Maçónico Governo Provisional em nome das ditas L.·., desejosos de comunicar as suas louváveis intenções à Suprema


14 Processo de Hipólito José da Costa, fl. 204vº.

15 Extraído do processo da Inquisição 16.809 contra José Joaquim Vieira Couto, fl.

27. Trata-se de uma cópia certificada por Manuel de Figueiredo Ribeiro Martins, Notário do Santo Oficio da Inquisição. Sobre as siglas no documento segue o seu esclarecimento: I.·.- Irmãos; G.·.M.·.- Grão-Mestre; S.·.A.·.R.·.- Sua Alteza Real; ;G.·. L.·.- Grande Loja; M.·.- Maçons; L.·. - Loja; G.·. - Grande; AL.·.- Anno Lucis [Ano da Luz] AD.·. Anno Domini [Ano do Senhor].

 

16 Francis Rawdon-Hastings, (1754 - 1826) 1º Marquês de Hastings, Conde de Moira, militar e político britânico, Governador-Geral da Índia (1813- 1823). Representou o Grão mestre da Grande Loja de Inglaterra (corrente dos “Modernos”) entre 1790 e 1812.



G.·. L.·. de Inglaterra, e de estabelecer uma amigável e Maçónica Comunicação com a sobredita G.·. L.·., para isso elegeram, e mandaram a Londres dpropósito, para este fim ao dito mui Respeitável I.·. como seu Plenipotenciário, o qual tendo comunicado os seus plenos Poderes aos Principais Oficiais da G.·. L.·.; e sendo estes Poderes fundados em boas e amplas formas, foi Reconhecido e Recebido como tal. E Sua Alteza Real, Jorge, Príncipe de Gales Venerabilíssimo G.·.M.·. e o muito honrado Francisco Conde de Moira; lugar Tenente do G.·. M.·. tendo aprovado a proposta do dito Governo Provisional dos M.·. Portugueses tendente a uma fraternal e Maçónica comunicação com a  G.·. L.·. e com o resto dos seus Grandes Oficiais, e Membros, sendo todos eles juntos em Sessão de G.·. L.·. aos doze de Maio corrente e tendo dado o seu inteiro consentimento à dita Proposta Fazem saber que a Suprema G.·. L.·. de Inglaterra, situada em Londres, influída por princípios puramente Maçónicos, e benéficos e desejosa de animar e de promover a disseminação da antiga Maçonaria, para beneficio e felicidade do Género humano, e querendo deferir à Súplica do Provisional Governo Maçónico das L de Portugal comunicada pelo dito seu Plenipotenciário em demonstração de especial favor, e de Fraternal Benevolência, se acordou em receber qualquer Respeitável e acreditado I.·., como Representante das L.·.  de Portugal na G.·.  L.·. de Inglaterra, e igualmente em declarar que qualquer I.·. das L.·. de Portugal tem direito de visitar as L.·. Inglesas, conforme as particulares Leis existentes em cada uma, e finalmente em conceder socorro pecuniário a qualquer I.·. de bons costumes, que se achar em aflição, e que pertencer a qualquer das L.·. Portuguesas, conforme as circunstâncias, e situação, e qualidade da pessoa. E a G.·. L.·. de Inglaterra convém do mesmo modo em dar o seu melhor Parecer ao Provisório Governo Maçónico das L.·. em Portugal para que estabeleçam uma G.·.L.·. Nacional sobre os verdadeiros princípios da antiga Maçonaria = Dada em Londres, debaixo do nosso G.·. Selo da Maçonaria a dezoito de Maio AL.·. 5803 AD.·. 1802 = Por Ordem do Grão-Mestre = Pedro Parker17 Deputado Grão Mestre = Testemunha Guilherme White = Grande Secretario.

17 Peter Parker era Almirante da Armada inglesa que tinha sido nomeado Deputado do


Não restam dúvidas que em 1802 foi estabelecido um acordo regular entre a incipiente obediência portuguesa e a poderosíssima Grand Lodge of England, e que este tratado constituiria o fundamento, as bases, da futura Grande Loja de Portugal.

Aliás, os testemunhos coetâneos apontam nesse sentido. William Preston18, foi contemporâneo dos acontecimentos e registou-os nas suas Illustrations of Masonry:


“Na Grande Loja de Maio seguinte [1802], outra aplicação foi feita, através do mesmo canal19, a partir de quatro lojas em Portugal, que tinham dado poderes ao Sr. Hipólito José da Costa para actuar como seu representante junto da Grande Loja de Inglaterra, e em seu nome solicitar a autoridade regular para praticar os ritos da Ordem sob a bandeira inglesa e sua protecção. Após ponderada deliberação, foi determinado que

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Grão Mestre (Deputy Grand Master) George, Príncipe de Gales em Novembro de 1786. Após a sua morte em 11.12.1811, foi nomeado para o cargo de Representante do Grão-mestre (Acting Grand Master), o irmão do príncipe de Gales, Augustus Frederick, Duque de Sussex, que seria eleito Grão-mestre quando o George se tornou Regente do reino.

18 William Preston (Edinburgh, 07.08.1742-Londres, 01.04.1818). Admitido na maçonaria por volta de 1763, no ano seguinte forma em 15.11.1764 Caledonian Lodge nº 325 sob a tendência dos “Modernos” da Grand Lodge of England, loja que influiu muito no aparecimento no primeiro Grand Chapter of Royal Arch [Grande Capítulo do Arco Real]. Investigador da história da maçonaria e das suas raízes junto da Grand Lodge of Scotland e da Ancient Grand Lodge, Preston compilou matérias sobre os três graus simbólicos. Devido a um desentendimento, foi expulso da Grand Lodge of England em 1779, formando a Grand Lodge of All England South of the River Trent, que funcionou até 1789, ano em que regressou à Grand Lodge of England. O seu legado encontra-se principalmente na sua obra Illustrations of Masonry um dos maiores e melhores repositórios da história da maçonaria.

19 A Grande Loja tinha reunido anteriormente em Fevereiro de 1802, na qual as lojas em Berlim, sob os auspícios do rei da Prússia, a fim de estabelecerem relações com a Grande Loja de Inglaterra, tinham pedido a influência do Duque de Sussex, [the lodges in Berlin... had solicited the influence of the Duke of Sussex to carry a friendly communication with the Grand Lodge of England] o qual tinha estado na Alemanha em Göttingen, a estudar desde 1786. Vd.William Preston (1742-1818), Illustrations of Masonry, 12º ed. on-line, London, p. 176.


todo o encorajamento devia ser dado aos irmãos em Portugal, e um tratado foi imediatamente estabelecido e assinado pelos irmãos Da Costa e Heseltine20, e depois pelo Grande Tesoureiro da Grande Loja, e aprovado pelo Grão-Mestre representado pelo Conde de Moira21; pelo qual ficou acordado que, desde que as lojas portuguesas se conformassem com as antigas constituições da Ordem, seriam concedidos todos os poderes para terem um representante na Grande Loja de Inglaterra, e que a Grande Loja de Inglaterra teria um representante na Grande Loja de Portugal, e que os irmãos pertencentes a cada Grande Loja seriam igualmente titulares nos privilégios da outra”22.

Trata-se de um depoimento importantíssimo porquanto é a prova cabal da presença de Hipólito junto da obediência inglesa e de que foi

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20 Pensávamos que se tratava de James Heseltine, Grande Secretário da Grand Lodge of England, mas dado que este morreu em 1793, deverá tratar-se de alguém com o mesmo nome, provavelmente o seu filho, James Altham Heseltine (1777-?). Provavelmente é um lapso ou confusão de memória, pois o Grande Secretário em 1801 era William White o qual não é mencionado por William Preston. Vd. William James Hughan, Memorials of the Masonic Union of A.D. 1813…; London, Chatto and Windus, Picadilly…, 1874, p. 10.

Não se conhece o tratado original que certamente foi enviado para ao Brasil, ao futuro rei D. João VI, de acordo com a deliberação da Mesa da Inquisição no processo de Hipólito (fl. 205), sendo enviados cerca de 130 fólios correspondentes a documentos confiscados a Hipólito quando foi detido.

Todavia, o documento do acordo elaborado a 18.05.1802, na sequência da reunião da Grande Loja em 12 desse mês, dá como signatário Peter Parker deputado do Grão- mestre e não o conde de Moira, sendo o acto testemunhado por William White, Grande Secretário, o que não permite concluir a existência de qualquer contradição, uma vez que se tratam de documentos diferentes.

21 Francis Edward Rawdon-Hastings, 1º Marquês de Hastings (1754 – 1826), conhecido como Conde de Moira entre 1793 e 1816. Actuava como Grão-Mestre, o qual era na realidade o Príncipe de Gales, o futuro rei George IV que governou de 1820 a 1830. Esta figura do Acting Grand Master não se pode confundir com o Deputy Grand Master (Grão-mestre Adjunto), pois o primeiro tem a ver mais com a pessoa, enquanto o segundo se relaciona com a função.

22 William Preston (1742-1818), Illustrations of Masonry, 12º ed. on-line, London, p. 177.


feito o reconhecimento da maçonaria portuguesa sob os auspícios da Grande Loja de Inglaterra em 1802. E foi ele o executor desse grande passo.

Seria de esperar que a maçonaria contactada fosse, de acordo com os padrões da sua admissão em Filadélfia, a tradicional e conservadora Grand Lodge of All England, da tendência dos “Antigos”. Mas tal não aconteceu. Hipólito contactou a Grand Lodge of England, dos “Modernos”, não havendo qualquer dúvida, na medida em que o Conde de Moira, e Heseltine pertenciam à maçonaria dos “Modernos”. Se bem que Hipólito fosse da maçonaria “Antiga” da Pensilvânia, a verdade é que o único “canal” de que os maçons portugueses se serviram para aceder à maçonaria inglesa, fosse ela a dos “Antigos” ou a dos “Modernos” foi, indubitavelmente, o Duque de Sussex, que se encontrava em Portugal desde 1801.

Será que a incumbência das quatro lojas tinha como missão específica o contacto com a corrente dos “Modernos” ? É desconhecido o tipo de lojas que eram, ignorando-se se tinham preferência pelas Constituições de Anderson, ou pelo Ahiman Rezon. No contexto político da época, no rescaldo da Guerra das Laranjas entre Portugal e a Espanha em Janeiro de 1801, que não passou de um episódio do jogo de influências e de poder entre a França e Inglaterra, surgia como mais conveniente e interessante aos maçons portugueses – pelo menos ao sector aparentemente maioritário da maçonaria activa - estarem aliados a uma obediência que tinha o príncipe de Gales, futuro rei, como Grão-Mestre do que se ligarem ao escocês John Murray, 4º Duque de Atholl, grão-mestre dos “Antigos” de 1791 a 1812, o qual não detinha peso político.


Aliás, em 1802 as relações entre as duas correntes estavam ao rubro, pois no ano anterior, em Novembro de 1801 tinha sido deliberada a exclusão das lojas dos “antigos” que permaneciam do seio da Grand Lodge of England, ou seja as que praticavam o rito de York. E em 09.02.1803 foi dada a machadada final, decidindo-se a expulsão dos maçons do rito antigo da Grand Lodge of England23.

O que se pode concluir é que o tratado então escrito e aprovado pelo Conde de Moira, em representação do Grão-mestre, pertencia à maçonaria “moderna”24, defensora das ideias liberais, de uma abertura da maçonaria a todos os que a ela quisessem aderir sem diferenciação de credo religioso ou político, em oposição do que defendiam os “Antigos”, defensores de um certo cristianismo, redutor da universalidade maçónica.

Apesar do esforço de Hipólito, na prática não foi o modelo maçónico inglês que vingou: em primeiro lugar, nos anos de 1802 e 1803 recrudesceu a perseguição aos maçons portugueses pela inquisição; depois não houve qualquer apoio da Grand Lodge of England no que

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23 Acta Latomorum, ou Chronologie de l´ Histoire de La Franco-Maçonerie française et étrangere, Tomo I, Paris, Imprimerie de Nouzou, 1815, de Claude-Antoine Thory, p. 206 e 213, respectivamente.

24 O mesmo é corroborado pelas Acta Latomorum, ou Chronologie de l´ Histoire de La Franco-Maçonerie française et étrangere, Tomo I, Paris, Imprimerie de Nouzou, 1815,

p. 211, de Claude-Antoine Thory, que contém a seguinte referência sobre a Grand Lodge of England dos “Modernos”: Maio 1802- “Quatro lojas de Portugal fazem um pedido semelhante [ao das lojas de Berlim] e solicitam à Grande Loja a autorização para professar os Ritos de Inglaterra sob a sua protecção. Os Irmãos acedem a este pedido e a concordata é resolvida imediatamente”.

Seguindo Oliveira Marques, defende o contrário João José Alves Dias em “Hipólito e o seu Tempo: A Maçonaria em Portugal de 1727 a 1802”, em Almanaque Hipólito, 01/07/2003, publicado on-line: “Em maio do mesmo ano [1802] a Grande Loja de Inglaterra (a dos “Antigos”) reconheceu a estrutura maçónica então existente em Portugal como Obediência à sua semelhança [Grand Lodge of Portugal]”, não apontando qualquer fonte para a afirmação relativa aos “Antigos”.


respeita à formação e desenvolvimento de uma Grande Loja Nacional de Portugal; por último, abriram-se novas hipóteses maçónicas”.

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Joaquim Villalta, V Orden, Gr.·. 9 y Último del Rito Moderno o Francés, 33º R.E.A.A.
M.·. I.·.
Director de la Academia Internacional de la Vª Orden - UMURM
Gran Orador del Sublime Consejo del Rito Moderno para el Ecuador
Miembro Honorario del Soberano Grande Capítulo de Cavaleiros Rosa-Cruz de Portugal - Gran Capítulo General del Rito Moderno y Francés de Portugal
Miembro Honorario de la R.·. L.·. Estrela do Norte nº 553 del Grande Oriente Lusitano
Gran Canciller para Europa del Gran Oriente Nacional Colombiano
Miembro Honorario del Soberano Supremo Consejo del Grado 33 para el Escocismo de la República del Ecuador
Miembro del Supremo Consejo del Grado 33º y Último del Rito Escocés Antiguo y Aceptado de la Islas Filipinas
Miembro Honorario del Supremo Consiglio del 33º ed Ultimo Grado del R.S.A.A. per l’Italia e sue Dipendenze
Miembro del Suprême Conseil du 33e Degré pour la France du Rite Ancien et Accepté (Cerneau's Rite)
Pasado Presidente de la Confederación Internacional de Supremos Consejos del Grado 33º del R.·. E.·. A.·. A.·.
Muy Poderoso Soberano Gran Comendador del Supremo Consejo del Grado 33º para España del Rito Escocés Antiguo y Aceptado
Gran Comendador del Soberano Gran Consejo de los Príncipes del Real Secreto de España, Rito de Perfección
Masonólogo

22 agosto 2025

Tratado de Correspondencia y Amistad, entre los Altos Cuerpos de Joseph Cerneau y Germain Hacquet.

El M.·. Il.·. H.·. Joseph Cerneau recibió Patente Regular como Diputado Gran Inspector de la "Oren del Real Secreto" expedida el 15 de julio de 1806 por el M.·. Il.·. H.·. Antoine Mathieu Dupotet, siguiendo la misma línea de legitimidad iniciática de Germain Hacquet, Primer Muy Poderoso Soberano Gran Comendador del Supremo Consejo del Gran Oriente de Francia, amigo y representante de Joseph Cerneau en sus respectivas Potencias Masónicas, hecho éste ratificado por Decreto Oficial en 1811 y 1816 respectivamente.

El M.·. Il.·. H.·. Joseph Cerneau encuentra a su llegada a Nueva York a los HH John W. Mulligan, Clinton De Witt, de la Gran Logia de Nueva York, así como también a sus conocidos HH de los “Cœurs Réunis” como los HH Pierre Le Barbier du Plessis, Germain Hacquet, y también Antoine Mathieu-Dupotet, de quien Joseph Cerneau había obtenido una Patente para los Estados Unidos de América.

Junto a los HH John W. Mulligan y Clinton De Witt, fundan en 1807 varios Talleres: un Gran Consistorio y el Gran Consejo de Príncipes del Real Secreto de la “Très Sainte Trinité”, del que Joseph Cerneau fue nombrado Gran Comendador.

 El M.·. Il.·. H.·. Joseph Cerneau inaugura el “Supremo Consejo de Nueva York” en 33 grados: es la evolución del antiguo Gran Consistorio en 25 grados del mismo nombre (“Très Sainte Trinité”). Luego instala otro en Luisiana, en Nueva Orleans, en la Gran Colombia y en Brasil.

 En 1816 los poderes de Joseph Cerneau fueron reconocidos oficialmente por el Grand Oriente de France como los únicos legales, así como los estatutos y los Talleres que creó.

Joseph Cerneau fue a la vez miembro honorario del Grand Oriente de France, Soberano Gran Comendador del Gran Consistorio de Nueva York y Soberano Gran Comendador vitalicio del Supremo Consejo de los Estados Unidos de América.

Joaquim Villalta, V Orden, Gr.·. 9 y Último del Rito Moderno o Francés, 33º R.E.A.A.
M.·. I.·.
Director de la Academia Internacional de la Vª Orden - UMURM
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Miembro Honorario de la R.·. L.·. Estrela do Norte nº 553 del Grande Oriente Lusitano
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Masonólogo

15 agosto 2025

Consideraciones sobre el Rito Escocés Filosófico y el Rito Francés de los Modernos

Los adversarios del Rito francés a finales del XVIII no constituían un cuerpo homogéneo y nada permite afirmar que sus Logias practicaban un ritual uniforme. Basta por otra parte con comprobar que algunos de los componentes de esta esfera de influencia, la Orden de Heredom de Kilwinning particularmente, eran organismos de altos-grados, sin ritual azul definido. El Rito escocés Filosófico (REF), practicado por algunos, probablemente era el que se parecía más a un Rito de formas reconocibles

De origen aviñonés, o incluso marsellés, aparecido hacia 1774, este Rito era el de la Logia parisina de “Saint Jean du Contrat Social » creada en 1770 y que trabajaba según los rituales de Aviñón desde 1776. Había negociado, en 1781, con el GODF un concordato que le concedía el derecho a crear talleres superiores de su Rito en Francia y logias azules en el extranjero. Aunque la logia entró en sueños durante la revolución, su Rito se había mantenido en algunas logias de Francia, particularmente en la “Parfaite Union de Douai » que lo practicaba desde 1784.

Los rituales del REF son conocidos. La biblioteca del Supremo Consejo para Bélgica conserva varios ejemplares, idénticos a los publicados hace años por R. Désaguliers, proviniendo de la logia de Aviñón “Saint Jean de la Vertu persécutée”.
Su lectura muestra que estos rituales no diferían apenas de los en uso en las logias franceses del momento. Las "instrucciones" de Aviñón y del Regulador difieren sólo por la presentación y el orden de las preguntas-respuestas

Indiquemos los elementos principales:
Los oficiales están dispuestos "al uso moderno": el venerable en Oriente, el 1r vigilante en el Sudoeste delante de la columna B, el 2º vigilante en el Noroeste delante de la columna J.
Las palabras sagradas son "J..." en el 1r grado, "B..." en el 2º grado y "M..." en el 3r grado. La inversión de las palabras decidida por la Gran Logia de los Modernos en 1730 (o 1739) fue respetada, como lo será en todas las logias francesas del XVIII, incluido las logias "escocesas".
Las tres grandes luces son el sol, la luna y el Maestro de la Logia.
Las palabras de paso, comunicadas durante la ceremonia, son "T..." para el 1r grado, "S..." en el 2º grado y "G..." para el 3r grado.
Los viajes del candidato en el 1r grado están marcados por las purificaciones por el agua y el fuego.
La letra G, descubierta en el 2º grado, significa " Gloria a D..., Grandeza al V.·. y Geometría a todos los Masones ". Designa el GADU.
Punto esencial, la versión de la leyenda de Hiram es la que se estilaba en Francia desde la introducción del grado de Maestro: la antigua Palabra de Maestro, J...A, no está perdida en el momento de la desaparición del arquitecto. Es solamente reemplazada por una palabra de sustitución M... B... Éste es un elemento fundamental porque el Rito de los "Antiguos" afirmaba lo contrario, que sólo tres la conocían. La muerte de Hiram impedía que fuera todavía comunicada y la elección de una palabra de sustitución respondía más bien a una actitud de prudencia

Si Rito escocés filosófico y Rito francés eran profundamente idénticos, debemos sin embargo subrayar una diferencia consecuente: la disposición de los grandes candelabros alrededor del Cuadro de Logia, descrita por los "« Reglamentos generales de la Respetable madre Logia Saint Jean d’Ecosse de la Vertu persécutée, al Oriente de Aviñón » fechados en 1774, y citados por René Désaguliers en su artículo esencial de 1983. Prosiguiendo con la disposición de los grandes candelabros alrededor del Cuadro de Logia, descrita por los "« Reglamentos generales de la Respetable madre Logia Saint Jean d’Ecosse de la Vertu persécutée, al Oriente de Aviñón » fechados en 1774, y citados por René Désaguliers en su artículo esencial de 1983.

En medio del Templo y sobre el pavimento, el será trazado con tiza, el cuadro conocido por todo Masón. Habrá tres grandes candelabros llevando cada uno una antorcha: situados, uno en la esquina del cuadro, entre Oriente y el mediodía; los dos otros a Occidente, uno entre el mediodía y Oeste, el otro entre Oeste y el Norte.


Entonces esta disposición, SE-SO-NO, que nos parece familiar ya que es la del Rito Moderno Belga, no era la de las primeras logias francesas. Los "cuadros” que ilustran las primeras divulgaciones y los grabados célebres de Lebas muestran invariablemente los candelabros en los ángulos NE-SE-SO. En la confesión de Johnn Coustos a los inquisidores portugueses, en 1743, leemos que el venerable maestro, situado al este, estaba flanqueado por dos velas mientras que la tercera brillaba al oeste cerca de los dos vigilantes, disposición confirmada por las divulgaciones francesas, a condición de leerlas bien:

En las Logias regulares, estos Candelabros altos como Candelabros de Altar, son comúnmente de forma triangular y decorados con atributos de la Masonería. Los cuatro puntos cardinales marcados sobre el Dibujo regulan la ubicación de los tres Cirios, del Gran Maestro (Venerable Maestro) y de los dos vigilantes. Ponemos una de estas luces al Oriente, otra al Mediodía, y la tercera a Occidente. El Gran Maestro se coloca en Oriente, entre la luz de Oriente y la del Mediodía.

Las logias del GODF habían conservado esta disposición como lo muestran las ilustraciones del " Regulador del Masón " (1801): la logia de aprendiz está allí alumbrada allí por tres velas llevadas por tres grandes candelabros triangulares colocados en los ángulos N.E., S.E. y S.O. Se muestra así otro ejemplo de la fidelidad del " Rito francés " a las tradiciones de la Gran Logia inglesa denominada de los Modernos ya que esta disposición era la de las " nuevas logias según las instrucciones de Désaguliers ", según un texto fundamental inglés de principios del siglo precedente. Las logias franceses seguían así la costumbre de la masonería denominada "más tarde moderna", la de la Gran Logia de 1717.
El significado de estas luces fue dado por Prichard que, en su “Masonry dissected” de 1730, escribía:

Q. Have you any Lights in your Lodge ? A. Yes, Three.
Q. What do they represent ? A. Sun, Moon and Master-Mason.
N.B. These Lights are three large Candles placed on high Candlesticks (my italics).
Q. Why so ? A. Sun to rule the Day, Moon the Night, and Master-Mason his Lodge

Los rituales franceses habían dado un paso además denominándolas "Grandes Luces "

¿Que visteis cuando fuisteis recibido masón?
Tres Grandes Luces dispuestas en escuadra, una en Oriente, la otra a Occidente y la tercera al Mediodía.
¿Que significan estas tres Grandes Luces? El sol, la luna y el Maestro de la Logia.



Si la logia inglesa estaba alumbrada por tres luces, ésta estaba sostenida por tres "pilares", Sabiduría, Fuerza y Belleza, representadas por el Venerable Maestro y ambos vigilantes. Las dos Grandes Logias " Modernos " y "Antiguos " estaban, por una vez, de acuerdo sobre este punto. Las divulgaciones de los años 1760 (The Three distinct Knocks Or the Door of the most Antient Free-Masonry ) y de 1762 (Jachin and Boaz or an authentic key to the door of Free-Masonry) aportaban el mismo diálogo:

Mas. What supports your Lodge ?
Ans. Three great Pillars.
Mas. What are their Names ?
Ans. Wisdom, Strength and Beauty.
Mas. Who doth the Pillar of Wisdom represent ?
Ans. The Master in the East.
Mas. Who doth the Pillar of Strength represent ?
Ans. The Senior Warden [in the West].
Mas. Who doth the Pillar of Beauty represent ?
Ans. The Junior Warden [in the South]

Las primeras divulgaciones francesas iban más lejos y afirmaban la asimilación de estos "pilares" a las columnas J y B del templo de Salomón (“pillar " se traduce indiferentemente por columna o pilar, mientras que en francés, columna designa un soporte de forma circular y pilar que designa un soporte de cualquier forma). Cuando describe el cuadro de Logia, el " Nuevo Catecismo de los Francmasones " (p. 41) es muy explícito:

Debajo [de la ventana de Oriente], dónde suponen el tercer Pilar, La belleza. Sobre uno de las dos Columnas reales, Fuerza y una gran J., y sobre la otra Sabiduría y una gran B., y en el centro de la Estrella aparece una gran G.
(Nótese el “suponen”: esta tercera columna es imaginaria.)

En el Cuadro de Logia de aprendiz-compañero del "Nuevo catecismo de los Francmasones" de 1749, observemos el emplazamiento citado así como el de las de las antorchas-luces señaladas por mostachones

Olvidemos la disposición variable, y a veces caprichosa, de Sabiduría, Fuerza y Belleza. Lo importante es la asimilación de los "soportes" de la logia a ambas columnas J y B del templo de Salomón y su asociación muy fuerte a ambos vigilantes. El ritual de compañero (1767) de la logia del marqués de Gages, La « Vraie et Parfaite Harmonie à l’orient de Mons », nos confirma este punto.

En resumen

-La logia francesa está sostenida por tres columnas, Sagesse-Force-Beauté, entre las que dos de ellas no son otras que las columnas, J y B, del templo de Salomón, con las cuales están asociados los Vigilantes. El tercero, imaginario, es el Maestro de la Logia;
-Está iluminada por tres luces dispuestas en escuadra a los ángulos de la logia: el sol, la luna y el Maestro de la Logia.

El desplazamiento de las luces en la logia aviñonesa, modificaba radicalmente la geografía de la logia y las asociaciones simbólicas que ocultaba..

Mientras que las columnas y las luces constituyan dos ternarios distintos en la logia francesa, son fundidos aquí en un conjunto único que reúne a los tres oficiales principales, los candelabros y los soportes de la logia, conjunto ilustrado por la disposición nueva de los candelabros de ángulo. Naturalmente, las columnas J y B perderán su función de soporte de la Logia.
La instrucción del grado de aprendiz del Rito escocés Filosófico contiene en germen el anuncio de esta fusión:

D : Qu’avez-vous vu quand on vous a donné la Lumière ?
R : Trois grandes lumières ; le Soleil, la Lune & le Vén\
D : N’avez-vous point vu d’autres Lumières ?
R : Trois grands flambeaux qui représentent le Vén\ et les Surv\

Esto permitió a R. Désaguliers escribir en 1983:

Es a mi juicio, esta disposición de los candelabros-columnas alrededor del cuadro y su asociación estrecha con el Venerable y ambos Vigilantes lo que fundó el "Rito escocés " para los tres primeros grados

Concluyamos rápidamente:

-En una logia escocesa, el Venerable Maestro y ambos Vigilantes son a la vez luces (los grandes candelabros) y columnas (S-F-B, soportes de la logia)
-Los tres grandes candelabros, por un deslizamiento semántico muy comprensible, se hacen también los tres pilares-soportes de la logia
-Las dos columnas J y B pierden su significado original para no ser más que las columnas de los Aap.·. y de los CComp.·.
-El ternario tradicional, Soleil-Lune-Vénérable Maître, es mantenido pero su asociación a los candelabros desapareció.

Joaquim Villalta, Vª Orden, Gr.·. 9, 33º
M.·. I.·.
Director de la Academia Internacional de la Vª Orden - UMURM
Gran Orador del Sublime Consejo del Rito Moderno para el Ecuador
Miembro Honorario del Soberano Grande Capítulo de Cavaleiros Rosa-Cruz de Portugal - Gran Capítulo General del Rito Moderno y Francés de Portugal
Miembro Honorario de la R.·. L.·. Estrela do Norte nº 553 del Grande Oriente Lusitano
Gran Canciller para Europa del Gran Oriente Nacional Colombiano
Miembro Honorario del Soberano Supremo Consejo del Grado 33 para el Escocismo de la República del Ecuador
Miembro Honorario del Supremo Consiglio del 33º ed Ultimo Grado del R.S.A.A. per l’Italia e sue Dipendenze
Miembro del Suprême Conseil du 33e Degré pour la France du Rite Ancien et Accepté (Cerneau's Rite)
Pasado Presidente de la Confederación Internacional de Supremos Consejos del Grado 33º del R.·. E.·. A.·. A.·.
Muy Poderoso Soberano Gran Comendador del Supremo Consejo del Grado 33º para España del Rito Antiguo y Aceptado (Rite de Cerneau)
Gran Comendador del Soberano Gran Consejo de los Príncipes del Real Secreto de España, Rito de Perfección.
Masonólogo

09 agosto 2025

La ceremonia esotérica de Instalación de los Maestros de Logia

"Bosquejos históricos".
Notas sobre la ceremonia esotérica de Instalación de los Maestros de Logia,
por René GUILLY


La primera aparición importante en la historia masónica de la ceremonia esotérica de instalación de los Maestros de Logia se produjo en el momento del gran cisma inglés de 1753 - este acontecimiento de una importancia capital donde se encuentra inevitablemente tan pronto como se aborda en profundidad los verdaderos problemas masónicos-.

En efecto, entre las numerosas quejas hechas a los "Modernos" de 1717 por los "Antiguos" de 1753 y que son enumerados extensamente por B.E. Jones en su “Freemason's Guide and Compendium” (p. 201) éste indica: «haber dejado caer en desuso la ceremonia esotérica de la instalación del Maestro, aunque algunas de sus logias hayan practicado tempranamente tal ceremonia y continúa por su propia iniciativa en hacerlo».

Los "Antiguos" apreciaban esencialmente esta ceremonia que era según ellos una de las condiciones para ser "exaltado”, si se nos permite este anglicismo, al grado del Arco Real. Es por otra parte esta condición y el deseo de numerosos hermanos de ser admitidos en los secretos del Arco Real que llevó a esta ceremonia esotérica a transformarse en una especie de 4º grado, a menudo conferido después de una elección ficticia al cargo de Venerable. Este 4º grado pasó a veces, y particularmente en U.S.A., bajo la jurisdicción de los capítulos del Arco Real.

Es importante ante todo saber si, desde el punto de vista tradicional, esta acusación estaba fundada.

Henry Sadler en sus «Notes on the Ceremony of Instalation» (1) estima que el primer rastro de esta ceremonia se encuentra en las Constituciones de Anderson de 1723. Apreciamos en efecto en la página 71 de esta obra, incluido en «La manera de constituir una nueva Logia», el pasaje siguiente: «Sobre lo que el Diputado repetirá las obligaciones del Maestro, y el Gran Maestro interrogará al Candidato (2) diciendo «¿se somete usted a estas obligaciones así como los Maestros lo han hecho en todos los tiempos?» Y el candidato que significa su sometimiento cordial a éstas, el Gran Maestro, durante ciertas ceremonias significativas y conformemente a los Antiguos Usos, Ie instalará y le presentará las Constituciones, el Libro de Logia, y los Instrumentos de su oficio, no todo junto, sino uno después del otro.
Es cierto que se encuentra aquí más que indicios de una ceremonia de instalación reservada para el Maestro de la Logia.

Un poco más luz ha sido dada a este problema en los años 1809 y 1810.
El 26 de octubre de 1809, el Príncipe de Gales – más tarde George IV- Gran Maestro de los Modernos, había librado una patente a una Logia de Maestros expresamente encargada de buscar y luego de promulgar los antiguos Land-Marks del Oficio.

Se trataba de preparar la unión que debía llevarse a cabo en 1813 entre los dos grandes cuerpos rivales, volviendo a ciertos usos después de haber reconocido su autenticidad tradicional.

En su primera Tenida, el 21 de noviembre de 1809, esta logia adoptó el nombre, bajo el cual entró en la historia, de Logia Especial de Promulgación. El Duque de Sussex, que debía suceder en 1813 como Gran Maestro de los Modernos a su hermano el Príncipe de Gales, y convertirse, inmediatamente después, en el Gran Maestro de la Gran Logia Unida de Inglaterra, formaba parte de esta Logia así como varios grandes Maestros provinciales.

El H.•. Bonnor, Primer Vigilante de la Logia de la Antigüedad N°1 (Lodge of Antiquity), fue nombrado secretario, y fue uno de los pocos que fueron capaces de exponer con precisión en qué consistían verdaderamente ciertos antiguos usos que justamente su Logia practicaba.

Hay que reconocer que la cautela de la Logia de la Antigüedad es de una particular importancia desde el punto de vista de la tradición masónica. Llevaba el N°1 de los Modernos, y sólo el sorteo después de 1813 la hizo de forma bastante extraña atribuir el N°2, en provecho de la logia más antigua de los Antiens, la Grand Master' s Lodge, que recibió la N°1 aunque había sido fundada en 1756.

La Logia de Antigüedad no era otra que la Logia muy antigua (los ingleses dicen en ese caso: «a time immemorial Lodge») que se reunía, en 1717, en la taberna que tenía como letrero «el ganso y la parrilla» en el cementerio Saint-Paul. Esta Logia fue una de las cuatro fundadoras, el 21 de junio de 1717, de la Primera Gran Logia de Inglaterra.

En 1761 tomó el nombre de "West India and American Lodge" y en 1770 adoptó el de "Lodge of Antiquity".

Es importante anotar que esta Logia nunca pasó bajo la jurisdicción de los Antiguos y permaneció fiel a la G. L. de 1717, excepto de 1777 al 1787 cuando, teniendo a su cabeza el celebre escritor masónico William Preston, ella formó, a continuación de una disputa con la Gran Logia, la «Grand Lodge of England South of River Trent», trabajando bajo la autoridad de la Logia «of All England» en York.
En lo que concierne a la ceremonia de Instalación del Maestro de la Logia, "Lodge of Antiquity" afirma comunicar unos secretos particulares en el momento de la instalación del Maestro por lo menos desde el 1726 (B.E. Jones o.c. p. 248) y conceder desde el 1739 un rango privilegiado al Pasado Maestro Inmediato.

Lo cierto es que la Logia especial de Promulgación habiendo abordado, el 19 de octubre de 1810, la cuestión que nos interesa, después de haber evidentemente verificado y aceptado los argumentos de la logia de la Antigüedad adoptó una resolución reconociendo: «que la ceremonia de instalación de los Maestros de Logia era uno de los verdaderos Land-Marks del Oficio y debía ser preservado».

Fue resuelto también el mismo día «que se hacia el llamamiento a los miembros de la Logia especial de Promulgación que eran Maestros Instalados para instalar al Venerable actual de la Logia, y luego, bajo la dirección de este último, para tomar todas las medidas para instalar a los otros miembros que eran Maestros de Logia». Dieciséis miembros de la logia especial de Promulgación asistían a la siguiente Tenida. De los quince Maestros de Logia presentes, cuatro solamente eran Maestros Instalados, y tres de estos últimos pertenecían a la Logia de la Antigüedad. A la Tenida que siguió fue formado un Consejo de Maestros Instalados: el Muy Venerable Maestro y los otros Maestros de Logia fueron regularmente instalados.

Con el fin de que otros Maestros de Logia de Londres y de los alrededores pudieran ser instalados a su vez en las mismas condiciones, el Gran Maestro aceptó prolongar dos meses la validez de los poderes de la Logia especial de Promulgación. Fueron hechas convocatorias, y todo hermano presentándose con un certificado de su Logia que atestiguara que había cumplido el oficio de Vigilante y había sido elegido regularmente al cargo de Maestro fue entonces regularmente instalado, así como varios grandes Maestros Provinciales y el Conde de Moira incluso, Acting Grand Master (Gran Maestro Adjunto).

La Logia especial de Promulgación cesó sus trabajos, según parece, el 5 de marzo de 1811. Inmediatamente después de la Unión, una nueva Logia especial fue formada por la élite de ambos cuerpos. Ésta tomó el nombre de Logia de Reconciliación y no debe ser confundida con la precedente. Su misión esencial fue elaborar y enseñar seguidamente a las Logias las ceremonias uniformes para los tres grados; ésta era una tarea importante y no parece que se extendiera a ceremonia de instalación.
En 1827, el duque de Sussex, Gran Maestro, estimó que había llegado el momento para trasladar sus esfuerzos sobre este último punto. Con este fin, fueron libradas cartas patentes a un cierto número de hermanos particularmente bien informados, con el fin de constituirse en Consejo de Maestros Instalados. Este consejo debía, por una parte elaborar un ceremonial único que recibiría la aprobación del Gran Maestro, y por otra, instalar a todos los Maestros de Logias que todavía no habían podido serlo.

Todos los Maestros y antiguos Maestros de Logia fueron avisados por circular, e invitados a asistir a tres reuniones que se efectuaron el 17, el 22 y el 28 de diciembre de 1827.
En 1828, este Consejo de Maestros Instalados envió un informe sobre su misión al
Duque de Sussex. En éste puede leerse particularmente: «Estamos felices de hallarnos en disposición de informar a su Alteza Real que estas reuniones han sido seguidas por un gran número de asistentes, y que todas las formas y las ceremonias de la instalación, tales como han sido establecidas por nosotros y que habían tenido anteriormente el honor de ser aprobadas por su Alteza Real, han sido comunicadas y practicadas; y también procedimos a la Instalación de todos los Maestros de Logia que no habían sido instalados regularmente y que manifestaron su deseo».
Es particularmente interesante destacar de entre los miembros de este Consejo de Maestros Instalados los nombres de: William White, antiguo Gran Secretario de los
Modernos, 2º Vigilante de la Logia Especial de Promulgación, Gran Secretario de la Gran Logia Unida de Inglaterra, de 1813 al 1857; William Meyrick, miembro de la Logia de la Antigüedad desde el 1792, Primer Vigilante de la Logia de Reconciliación; Thomas Cant, miembro fundador en 1823 de la Logia de instrucción "Emulación".

Una filiación directa aparece así entre la Logia especial de Promulgación, entre el que también formaba parte el duque de Sussex, el Consejo de Maestros Instalados de 1827 y la Logia de Instrucción "Emulación".
Esta última «The Emulation Lodge of Improvement» había sido fundada el 20 de octubre de 1823. Primero vinculada a la Logia de la Esperanza (Lodge of Hope) fue transferida sobre el 1831 a la Lodge of Unions N° 256. La fama de los trabajos de esta logia de Instrucción fue muy grande, y es la que fijó los rituales que constituyen en nuestros días el Rito Emulación. Uno de sus miembros más conocidos por su actividad y su competencia fue el H.•. Peter Gilkes (1765-1833).

A partir de 1841, la logia Emulación practicó regularmente la ceremonia de Instalación de los Maestros de Logia los primeros viernes de noviembre, diciembre, enero y febrero. En sus «Nootes the ceremony of Installations» -de donde están extraídas la mayoría de estas preciosas reseñas- Henry Sadler escribe (p. 37):
«tengo toda razón para creer que la ceremonia ahora practicada en la Logia de Instrucción Emulación es esencialmente la misma que la del Consejo de
Maestros Instalados de 1827». Es totalmente lícito pues decir que ceremonia esotérica de Instalación del Rito Emulación está relacionada no sólo -lo que resulta obvio- a la Gran Logia de los Antiguos de 1753, sino también, a la Logia especial de Promulgación, a la Logia de la Antigüedad y en cierta medida, por la alusión de las Constituciones de Anderson de 1723 a la Gran Logia del Modernos de 1717.
Sin embargo, es honesto constatar que el período que va del 1717 al 1750 aproximadamente, es del que poseemos menos elementos. Nos permitimos arriesgar con una explicación sobre este tema. Todos los historiadores están de acuerdo en reconocer que el término de Maestro designaba primero una función - la de Maestro de la Logia antes de aplicarse a un grado - el de Maestro Masón. Está claro que es en este Maestro de la Logia escogido entre los compañeros (como lo muestran las Constituciones de 1723) que se apliqua la frase ya citada: «el Gran Maestro durante ciertas ceremonias significativas y conforme a los antiguos Usos, Io instalará». La aparición, en una época muy cercana, del grado de Maestro, pudo ser considerado por algunos como una calificación suficiente para acceder al “Trono”. Ambas ceremonias, la del 3er grado y la de la Instalación del Maestro de la Logia, pudiendo aparentar hacer doble empleo, solamente la primera habría subsistido en un gran número de Logias.

Sea como fuere, nos es permitido creer que esta ceremonia de instalación sólo se hizo realmente esotérica (es decir llevada a cabo únicamente en presencia de los Maestros Instalados) más tarde. Otras ciertas reglas fueron sin duda también tardías: como la que exige la presencia de tres Maestros Instalados.

Después de la unión de 1813, el nuevo cuerpo adoptó respecto a la dignidad de Maestro Instalado la misma línea de conducta que para El Arco Real. La doctrina de los
Modernos de 1717, que estaban oficialmente opuestos a todo grado superior al
3er grado, lo quitó en apariencia. Como el Arco Real, la ceremonia esotérica de Instalación fue declarada un simple complemento de la Maestría.

La consecuencia sobre el ritual fue que todos los desarrollos ceremoniales que, en muchos casos, habían llevado a la dignidad de Maestro Instalado a parecerse a una especie de 4º grado, fueron severamente relegados en Inglaterra.
Solo lo esencial subsistió, y el Consejo de Maestros Instalados no sabría ser asimilado a un taller trabajando en un grado particular (3). La dignidad de Maestro Instalado ya no fue considerada como una calificación para el Arco Real; esta condición fue mantenida sin embargo para los tres "Principales" de un capítulo.

Encontraremos, ilustrado con grabados divertidos, un ejemplo del «Past Master' s
degree » practicado en U.S.A. en un ritual publicado en Londres en la segunda mitad del siglo XIX «A Ritual and Illustrations of Freemasonry» (4). Este grado ocupa allí un rango intermedio (5) entre el Mark Master y el Most Excellent Master.
La ceremonia esotérica de Instalación no aparece haber sido practicada en Francia (6) en el siglo XVIII. En el siglo XIX, el Tuileur de Vuillaume (1820) da reseñas sobre el "grado" de Pasado Maestro, la mayoría diferentes por otra parte de lo que nos enseña el Rito Emulación. Este autor añade (p. 71): «Hay muchas logias donde el Past-Master no es conocido, sobre todo en el Rito Francés. Para hacer las veces de eso, hicimos un extracto del ritual del vigésimo grado Venerable Maestro de Logia con las palabras que siguen…:», palabras que no tienen relación con el Rito Emulación.

El título de Venerable de Honor, dignidad ad vitam, es considerado en 1834 por Bazot en su manual del Francmasón, como una «innovación discutible», estaba allí sin duda el medio - bastante profano - que habían encontrado ciertos masones francés para hacer las veces del Pasado Maestro inglés. Pero este título, concedido por uno voto simple, como todavía actualmente, no se acompañaba por ningún elemento tradicional.

Todo indica que la ceremonia esotérica de Instalación permaneció excepcional en nuestro país hasta la fundación de la Gran Logia Nacional Francesa, en 1913. Es después de esta fecha, hacia 1918-1919, según la opinión muy autorizada del H.•.
P. de R., que una adaptación del Rito Emulación fue hecha para las Logias Escocesas Rectificadas de esta Obediencia. Este precedente feliz fue muy recientemente imitado por una Logia del Rito Moderno francés.

Acabo con este breve recuerdo histórico. Nunca se dirá lo suficiente sobre cuánto la personalidad del Venerable tiene de importancia para la vida de unaLogia. Este rol eminente del Maestro de la Logia es una de las grandezas y una de las debilidades de nuestra Institución. También, todo lo que contribuye a reforzar la dignidad y la instrucción masónica de los Maestros en “Trono” (Maïtre en chaire) sólo puede tener una influencia benéfica para nuestra Orden.

Nuestros hermanos ingleses fueron sabios manteniendo y volviendo a poner en vigor el principio de una ceremonia distinta reservada al Maestro de la Logia y los secretos que le son conferidos por sus pares. Además, esta dignidad, permaneciendo ligada al Pasado Maestro, crea en la Orden un grupo de personas cuya responsabilidad iniciática y moral es aumentada, lo que puede tener sólo efectos felices para la conservación y la salvaguardia de la Tradición Masónica, el fin hacia el cual deben tender, hoy más que nunca, todos los Masones esclarecidos.

(1) Londres 1889.
(2) El Maestro elegido por los hermanos de la nueva Logia.
(3) G. L. de Escocia escapaba naturalmente a estas decisiones que solo
concernían a Inglaterra y su ritual de instalación esotérica, muy
interesante por otra parte, conservó un ceremonial de apertura por peticiones y
respuestas que le dan la apariencia de un grado.
(4) Clasificado en la Biblioteca Nacional como 8 ° H 8031.
(5) También en Europa en la actualidad
(6) Ver la aparición de los Altos Grados en Francia donde algunos aparecen conferir la cualidad inherente al derivado de la Instalación con procedimientos similares o reminiscencias formales rituales parecidas.

Traducido y revisado por

Joaquim Villalta, V Orden, Gr.·. 9 y Último del Rito Moderno o Francés, 33º R.E.A.A.
M.·. I.·.
Director de la Academia Internacional de la Vª Orden - UMURM
Gran Orador del Sublime Consejo del Rito Moderno para el Ecuador
Miembro Honorario del Soberano Grande Capítulo de Cavaleiros Rosa-Cruz de Portugal - Gran Capítulo General del Rito Moderno y Francés de Portugal
Miembro Honorario de la R.·. L.·. Estrela do Norte al Or.·. de Porto
Gran Canciller para Europa del Gran Oriente Nacional Colombiano
Miembro Honorario del Soberano Supremo Consejo del Grado 33 para el Escocismo de la República del Ecuador
Miembro del Supremo Consejo del Grado 33º y Último del Rito Escocés Antiguo y Aceptado de la Islas Filipinas
Miembro Honorario del Supremo Consiglio del 33º ed Ultimo Grado del R.S.A.A. per l’Italia e sue Dipendenze
Miembro del Suprême Conseil du 33e Degré pour la France du Rite Ancien et Accepté (Cerneau's Rite)
Pasado Presidente de la Confederación Internacional de Supremos Consejos del Grado 33º del R.·. E.·. A.·. A.·.
Muy Poderoso Soberano Gran Comendador del Supremo Consejo del Grado 33º para España del Rito Escocés Antiguo y Aceptado
Gran Comendador del Soberano Gran Consejo de los Príncipes del Real Secreto de España, Rito de Perfección
Masonólogo

20 julio 2025

Homenaje al I.·. P.·. H.·. Óscar Sierra Sabalza con motivo del centenario de su nacimiento



El 28 de junio de 1925 nacía nuestro I.·. P.·. H.·. Óscar Sierra Sabalza, referente de la masonería sudamericana y representante de la tradición iniciática que se remonta a los primordios de la implantación del Rito Escocés Antiguo y Aceptado en nuestro continente cuyas fechas claves son 1824 y 1833, desde el Supremo Consejo implementado por Joseph Cerneau en la Gran Colombia hasta la trasformación del mismo en 1833 en la naciente República de la Nueva Granada. 

Nuestro I.·. P.·. H.·. Óscar Sierra Sabalza, ocupó la Dignidad de Soberano Gran Comendador del Supremo Consejo del Grado 33º para Colombia desde 1984 hasta el año 2000, Cuerpo Masónico que ostentaba la Patente física otorgada en 1851 por el Gran Oriente de Francia al Gran Oriente y Supremo Consejo Neogranadino fundado en 1833.

En el tiempo en que dirigió los destinos del Supremo Consejo del Grado 33ª para Colombia este Cuerpo Masónico expidió Cartas Patentes:

Gran Logia del Norte de Colombia con sede en la ciudad de Barranquilla
Gran Logia Central con sede en la ciudad de Bogotá
Gran Logia de Los Andes con sede en la ciudad de Bucaramanga
Gran Logia del Eje Cafetero con sede en la ciudad de Pereira
Gran Logia del Pacifico Colombiano con sede en Cali
 
El Querido Hermano Oscar Sierra, Médico Oftalmólogo en el campo profesional, ocupó además la Dignidad de Gran Maestro de la Serenísima Gran Logia Nacional de Colombia, con sede en el Oriente de Cartagena en cuatro periodos consecutivos desde 1974 hasta 1982.

En su última etapa masónica, además de ser un sabio y entrañable asesor de incalculable valor con quien tuve el honor de departir en varias ocasiones alrededor de diferentes temas relacionados con la Orden y su devenir, fue Miembro Activo, Emérito y de Honor del Supremo Consejo del Grado 33º del Rito Escocés Antiguo y Aceptado del Gran Oriente Nacional Colombiano, reconstituyendo en su seno regularmente por filiación iniciática el Gran Oriente y Supremo Consejo Neogranadino atendiendo a sus principios históricos y auténticos valores originales, mediante una adecuación al Siglo XXI en su membresía, proyección y mixticidad masónica, mostrando una grandeza incomparable, determinante y rotunda. Un Ilustre y Poderoso Hermano único e irrepetible cuyo ejemplo muestra el camino a seguir.
También ostentaba el V Orden de Sabiduría del Sublime Consejo y Gran Capítulo General del Rito Francés del Gran Oriente Nacional Colombiano, aportando su sabiduría y calidad de incalculable valor.

Desde el Gran Oriente Nacional Colombiano recordamos con gratitud y mantenemos viva su presencia y el legado del Muy Ilustre Hermano Óscar Sierra Sabalza 33º, Vª Orden, que partió a ocupar su Col.·. en el Or.·. Eterno el 1 de febrero de 2019, permaneciendo inmortal para la Orden Universal y nuestro Supremo Consejo y nuestro Gran Capítulo General.

Recuerdo emocionado uno de los correos de su hijo Óscar, quien posteriormente me hizo saber que dos de los otros hijos del M.·. Il.·. H.·. Óscar Sierra Sabalza viven en España, concretamente en la bella Galicia, y a quienes intentaré presentar mis respetos lo antes posible.

"Me presento, soy Oscar Sierra Liñán, hijo del Dr. Oscar Sierra Sabalza.

En nombre de mi madre Señora Constanza Liñán de Sierra, mis hermanos, Derly, Liliam, Victor y Luz Patricia, queremos expresarle nuestro agradecimiento por el sentido homenaje que usted le brindó a nuestro Padre en el tercer aniversario de su fallecimiento; con su escrito, vemos muy complacidos el gran legado que nuestro Padre dejo a la Masonería no solo de Colombia sino en muchos paises.

Estamos Cartagena de Indias, en espera de una visita de su parte y poder estrechar un caluroso saludo.

Con aprecio,

Oscar Sierra Liñán"

Espero que estas fechas de la celebración de la efemérides de su nacimiento, sean motivo para mantener vivo su espíritu y obra masónica que ya se halla en el Olimpo Masónico.


Joaquim Villalta, V Orden, Gr.·. 9 y Último del Rito Moderno o Francés, 33º R.E.A.A.
M.·. I.·.
Director de la Academia Internacional de la Vª Orden - UMURM
Gran Orador del Sublime Consejo del Rito Moderno para el Ecuador
Miembro Honorario del Soberano Grande Capítulo de Cavaleiros Rosa-Cruz de Portugal - Gran Capítulo General del Rito Moderno y Francés de Portugal
Miembro Honorario de la R.·. L.·. Estrela do Norte al Or.·. de Porto
Gran Canciller para Europa del Gran Oriente Nacional Colombiano
Miembro Honorario del Soberano Supremo Consejo del Grado 33 para el Escocismo de la República del Ecuador
Miembro del Supremo Consejo del Grado 33º y Último del Rito Escocés Antiguo y Aceptado de la Islas Filipinas
Miembro Honorario del Supremo Consiglio del 33º ed Ultimo Grado del R.S.A.A. per l’Italia e sue Dipendenze
Miembro del Suprême Conseil du 33e Degré pour la France du Rite Ancien et Accepté (Cerneau's Rite)
Pasado Presidente de la Confederación Internacional de Supremos Consejos del Grado 33º del R.·. E.·. A.·. A.·.
Muy Poderoso Soberano Gran Comendador del Supremo Consejo del Grado 33º para España del Rito Escocés Antiguo y Aceptado
Gran Comendador del Soberano Gran Consejo de los Príncipes del Real Secreto de España, Rito de Perfección
Masonólogo

12 julio 2025

Breve apunte sobre el porte de la Espada

En ocasiones se apunta que la presencia y el porte de la espada en Logia sea una tradición heredada de las antiguas Logias Militares.
Sin embargo, existe otra argumentación que comparto y que a continuación exponemos:

Encontramos escrito ya en alguna divulgación, como la del “Sceau Rompu” de 1745: "todo Masón en Logia es gentilhombre: deponemos entrando su condición de plebe, como dejamos sus títulos en la puerta con el fin de estar todos al mismo nivel". Una explicación se hace necesaria sobre el término gentilhombre: en inglés, gentilhombre quiere decir " persona elevada, de buena compañía". Los masones ingleses se recrutaban evidentemente sólo entre los gentilhombres. Cuando la francmasonería atravesó la Mancha, tradujimos - correctamente - gentle por gentil y men por hombres, lo que dio "gentilhombres". Pero un gentilhombre, en francés, no quería decir la misma cosa que en inglés, esto significaba " de familia noble " (como el inglés nobleman): el diccionario de la Academia da para definición " noble de raza ".

¿Es por esto que todos los masones se hicieron unos "burgueses gentilhombres"?
Esta razón parece haber empujado en todo caso a los masones franceses, para poder considerarse totalmente como "gentilhombres", a practicar la "nivelación por lo alto" (desde el punto de vista de la escala social) otorgándose mutuamente una nobleza ficticia: mientras que, en la vida social del Antiguo Régimen, el porte de la espada estaba reservado para los aristócratas, los masones franceses del siglo XVIII convinieron, para marcar mejor la igualdad que predicaban, que todos los masones, cualquiera que fuera su origen social, podrían llevar la espada en Logia(es el origen de nuestro talabarte/cordón, decoración desconocida, salvo error, en la masonería inglesa).

Como escribe Ligou al respecto, este cordón azul - bordeado en rojo en el REAA - en otro tiempo herencia de las personas nobles, se hizo desde entonces distintivo "de los Maestros Masones, personas nobles por el corazón y espíritu". Hay que decir que recíprocamente ("nivelación por lo bajo" siempre desde el punto de vista de la escala social), todos llevan el mandil, símbolo del trabajo manual que en la época estaba prohibido entre la aristocracia.

Podemos pues decir simbólicamente que todo masón, ya sea aristócrata o plebeyo, es a la vez en Logia un gentilhombre que lleva la espada y un trabajador que lleva el mandil, cosas absolutamente incompatibles en el XVIII.

Vemos pues el por qué de la presencia del porte de la espada en Logia, que a pesar del reparo que a veces suscita, no está privada de un valor simbólico.

Y he aquí también por qué el porte del cordón sin el mandil, que todavía se practica en algunas Logias, puede ser considerado una verdadera herejía desde el punto de vista simbólico y, visto desde el mismo ángulo, la señal de una pretensión rara: es decir, como en el Antiguo Régimen, " soy noble, pues no trabajo".


Joaquim Villalta, V Orden, Gr.·. 9 y Último del Rito Moderno o Francés, 33º R.E.A.A.
M.·. I.·.
Director de la Academia Internacional de la Vª Orden - UMURM
Gran Orador del Sublime Consejo del Rito Moderno para el Ecuador
Miembro Honorario del Soberano Grande Capítulo de Cavaleiros Rosa-Cruz de Portugal - Gran Capítulo General del Rito Moderno y Francés de Portugal
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Gran Comendador del Soberano Gran Consejo de los Príncipes del Real Secreto de España, Rito de Perfección
Masonólogo

03 julio 2025

Tratado de Amistad y Reconocimiento Mutuo entre la Honorable Order of Universal Co-Masonry y el SCRME

Anunciamos con infinito júbilo y honor este Tratado de Amistad y Reconocimiento Mutuo firmado entre la Honorable Order of Universal Co-Masonry y el Sublime Consejo del Rito Moderno para el Ecuador, donde la MPSGC Magdalena Cumsille y la Suprema Comendadora Olga Vallejo ponen de manifiesto el honor infinito que supone la práctica de los más elevados valores masónicos que representa la Masonería Mixta, donde se compagina coherentemrnte la Tradición masónica y espiritual, en igualdad de género acorde a la sociedad del Siglo XXI, con el ejemplo del crecimiento, intelectual filantrópico y ético de la humanidad. 

Estamos en Pie y al Orden y rogamos al GADU para que pronto podamos vernos todos juntos personalmente. 

Recibid nuestro más fuerte y triple abrazo fraternal. 

Olga Vallejo, V Orden, 33º 

Joaquim Villalta, 33º 

Tratado de Amistad y Reconocimiento Mutuo entre la GLMMM y el SCRME

 

Mis IIPPHH/as, me complace compartirles copia del Tratado firmado por el "Sublime Consejo del Rito Moderno para el Ecuador" y la "Grand Lodge of Modern Mixed Masons", una de las Potencias Masónicas mixtas más importantes a nivel internacional y de inmensa calidad dentro de la Orden. Ambas Organizaciones no veían coherente el seguir trabajando hombres y mujeres por separado. La mixtidad está imparable. Este tratado me llena personalmente de felicidad, pues en el REAA, la IPH Olga Vallejo es también la Teniente Gran Comendadora del "Supremo Consejo del Grado 33º para España del Rito Antiguo y Aceptado", y a pesar de que la Potencia Masónica de naturaleza transnacional que ella preside es de Rito Moderno o Francés. siempre ha estado trabajando y colaborando con todas sus fuerzas en pro de la "International Confederation of Supreme Councils of the 33º Degree of the Ancient and Accepted Scottish Rite" aportando su sabiduría en el conocimiento profundo de las diversas manifestaciones del Escocismo a través de la historia. 

20 junio 2025

Analizando la esencia de los conceptos “Escocés” y “Escocismo”

Cuando nos preguntamos por la verdadera naturaleza del término «Escocés», esta palabra puede tener múltiples sentidos y en ocasiones resulta difícil de aplicarle una precisa definición según los usos que se han hecho del mismo.
A finales del Siglo XVIII, con tantísima riqueza masónica, podríamos distinguir tres significados establecidos según su uso.
Primeramente, “Escocés” sería de entrada el nombre de uno de los más antiguos altos grados, que conoció además por causas diversas numerosas variantes con el paso de los años.
Estos grados Escoceses conservaron siempre una gran importancia en los altos grados.
Un segundo sentido, por extensión, llevaría a convertir en sinónimos de altos grados a los términos escocés y Escocismo, sea cual fuere el sistema de altos grados del que se tratara.
Finalmente, en los años 1760, apareció en Marsella un cuerpo masónico denominado “Madre Logia Escocesa”.
Esta denominación manifiesta la legitimidad pretendida por dicha madre logia para todos los grados, comprendidos también los altos grados. Practicaba un sistema en siete grados de los más clásicos: Aprendiz, Compañero, Maestro, Maestro Perfecto, Elegido, Escocés y Caballero de Oriente.

Según Roger Dachez, el término « Escocés » aparenta simplemente traducir que entre los primeros masones tanto en Francia como en Inglaterra, se mantuvo el recuerdo del importante papel desempeñado por Escocia en la maduración final del sistema especulativo masónico.
Las palabras escocés, escocismo, llegaron a significar todo lo que la Masonería designó como eminente, elegido, particularmente digno de respeto y honor, sin tener que ver con un origen propiamente relacionado con la propia Escocia».

Desde 1733 encontramos la huella de una logia Temple Bar, en Londres, habiendo conferido el grado de Maestro Escocés («Scots Master» o «Scotch Master»). Fue también conferido en una logia de Bath en 1735 y en la logia francesa» «St. George de l'Observance» no 49 de Covent Garden, en 1736.

Pierre Mollier nos recuerda la cita de Paul Valéry en la que nos indica: “Las palabras pierden su significado a medida que crecen en valor”. Esta observación se aplica muy particularmente a la palabra “escocés”. Este término atribuido en masonería, de múltiples significaciones, se encuentra siempre dentro de una aureola de prestigio y de misterio. Los francmasones han forjado incluso el neologismo “escocismo”, Igual de elusivo al tratar de obtener una definición precisa. Debemos recordar los significados sucesivos que la palabra pudo llegar a tener en las logias.

Cronológicamente, “escocés” supone en primer lugar el nombre de uno de los más antiguos altos grados. Es en París, el 11 de diciembre de 1743, que encontramos el primer testimonio de la existencia del término. La Grande Loge de France pone en guardia a los hermanos contra lo que parece como una novedad: «Teniendo en conocimiento que desde hace poco tiempo algunos hermanos se presentan bajo el título de maestro escocés y reivindican en algunas logias, derechos y privilegios…».
En 1744, en L'Ordre des francs maçons trahi, el “abbé Pérau” expresa: "No ignoro que está habiendo un vago ruido entre los francmasones, respecto a una cierta orden a la que llaman los Escoceses, superior a lo que se afirma, masones ordinarios y que tienen sus ceremonias y sus secretos aparte". Parece que hubo, desde el principio, varias escuelas concernientes a las ceremonias y secretos particulares de los escoceses. Así, en París, el grado misterioso del abbé Pérau, condenado en un primer tiempo por la gran Logia de Francia en 1743, es según toda probabilidad, el que nosotros conocemos bajo la denominación de Escocés de las 3 JJJ., también llamado Escocés de París o Escocés de Clermont.

En la Francia meridional, la masonería parece haber primitivamente practicado otro tipo de escocés denominado «de la Bóveda », muy pronto presentado como una  como una «Masonería de Perfección». Este «Escocés de Perfección» versión francesa del Royal Arch británico, retoma un tema clásico del esoterismo judeo-cristiano. Revela la existencia de una palabra perdida, el verdadero nombre de Dios, cuidadosamente conservada en una bóveda secreta oculta bajo el Templo de Salomón. Estos grados de Escocés conservarán siempre una gran importancia en la masonería de altos grados. Por extensión, a partir de mediados del siglo XVIII, los términos “escocés” o “escocismo” se convierten en sinónimos de altos grados.
Este significado es probablemente el más legítimo, en cualquier caso, el más lógico.
A principios del siglo XIX, cuando el Gran Chapitre General de Francia se enfrentará a la concurrencia de un nuevo rito titulado "escocés", reclamará alto y claro su "ecocismo" y su perfecta regularidad "escocesa".

En los años 1760, como ya hemos apuntado, aparece en Marsella un cuerpo masónico que se denomina “Madre Logia escocesa” apelando la legitimidad sobre todos los grados comprendidos los altos grados. Esta tiene una gran proyección en Provence, después más ampliamente en el Midi francés y finalmente en París. En esta Madre Logia, lo que terminará denominándose “Rito Escocés” profesado por esta y sus logias hijas se refiere ante todo a los altos grados. No obstante, por razones poco claras, los grados azules practicados por la madre logia presentaban algunas particularidades como la colocación de los grandes candelabros alrededor del cuadro de logia. Por deriva semántica, se vino hablando de grados simbólicos del Rito Escocés, es decir, del rito practicado por la madre Logia Escocesa, lo que habría sido unos años antes un sinsentido, de características fundamentalmente Modernas a nivel formal.

Al inicio del Siglo XIX la corriente animada por la Madre Logia Escocesa se fusiona con el Rito Escocés Antiguo y Aceptado, versión francesa de la masonería de los Antiguos, aportada desde las Antillas y de los estados Unidos de América por los masones refugiados de Santo Domingo. Los usos “escoceses” y “Antiguos y Aceptados” fueron amalgamados para la masonería simbólica en la “Guía de los masones escoceses” entre 1804 y 1820 (fecha de su edición). Poco a poco, el término “escocismo” vino equívocamente (pues realmente hace alusión a los altos grados de otros ritos) a designar el Rito Escocés Antiguo y Aceptado en todos sus componentes, tanto en lo referente a la masonería simbólica como en la de los altos grados. Esta acepción de la palabra es no obstante puramente francesa, puesto que en la mayor parte de los países el Rito Escocés Antiguo y Aceptado (o también denominado simplemente Rito Antiguo y Aceptado como sucede en Inglaterra y Gales, por ejemplo) suele ser exclusivamente un sistema de altos grados.

Al final de esta revisión histórica, y como ya apunté, uno puede preguntarse si no sería apropiado reservar el término "escocismo" para la masonería de altos grados, cualquiera que sea el sistema en cuestión.

Queda la pregunta del origen de la palabra "escocés". ¿Por qué los masones de la primera masonería especulativa, en la década de 1730, bautizaron el rango terminal donde fueron revelados los secretos más elevados de la Orden, Maestro "Escocés"? Encontramos, un poco antes, rastros de maestros escoceses en algunas logias inglesas. Es probable que conocieran el papel esencial de la masonería operativa escocesa en la formación de la masonería moderna especulativa. Al comienzo de la Francmasonería especulativa, este calificativo honró el origen geográfico, muy real, de los misterios más profundos de la Orden. 

Joaquim Villalta, V Orden, Gr.·. 9 y Último del Rito Moderno o Francés, 33º R.E.A.A.
M.·. I.·.
Director de la Academia Internacional de la Vª Orden - UMURM
Gran Orador del Sublime Consejo del Rito Moderno para el Ecuador
Miembro Honorario del Soberano Grande Capítulo de Cavaleiros Rosa-Cruz de Portugal - Gran Capítulo General del Rito Moderno y Francés de Portugal
Miembro Honorario de la R.·. L.·. Estrela do Norte nº 553 del Grande Oriente Lusitano
Gran Canciller para Europa del Gran Oriente Nacional Colombiano
Miembro Honorario del Soberano Supremo Consejo del Grado 33 para el Escocismo de la República del Ecuador
Miembro del Supremo Consejo del Grado 33º y Último del Rito Escocés Antiguo y Aceptado de la Islas Filipinas
Miembro Honorario del Supremo Consiglio del 33º ed Ultimo Grado del R.S.A.A. per l’Italia e sue Dipendenze
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Pasado Presidente de la Confederación Internacional de Supremos Consejos del Grado 33º del R.·. E.·. A.·. A.·.
Muy Poderoso Soberano Gran Comendador del Supremo Consejo del Grado 33º para España del Rito Escocés Antiguo y Aceptado
Gran Comendador del Soberano Gran Consejo de los Príncipes del Real Secreto de España, Rito de Perfección
Masonólogo.

Bibliografía base:

Pierre Mollier, “Naissance et essor du Rite Écossais Ancien Accepté en France :
1804-1826”
ÉDITIONS DERVY
2004

Pierre Mollier, Encyclopédie de la franc-maçonnerie”, Le Livre de Poche, 2008 “
article « Écossais ».

Joaquim Villalta, “Apuntes sobre Joseph Cerneau y su Supremo Consejo del Rito Escocés Antiguo y Aceptado. El otro legado de Étrienne Morin.

Joaquim Villalta, “Palabra de Masón.

R.Dachez, “Histoire de la Franc-maçonnerie Française, p.61, PUF 2003.

Paul Naudon, “Histoire générale de la franc-maçonnerie, Presses universitaires de France, 1981.